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Literatura Brasilera

FRANKLIN TÁVORA (1842-1888)

 
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Vida: Nasceu em Baturité, no interior do Ceará. Formou-se em Direito, na célebre Faculdade do Recife. Em 1874 mudou-se para o Rio de Janeiro e ingressou na vida burocrática onde desempenhou funções mais ou menos modestas. O gosto pela história acabou levando-o ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Morreu na pobreza aos quarenta e seis anos.

Obras principais O Cabeleira (1876); O matuto (1878); Lourenço (1881).
Em Franklin Távora, o regionalismo mais do que o assunto é polêmica, conforme se vê no prefácio de O Cabeleira:
As letras têm, como a política, um certo caráter geográfico; mais no Norte, porém, do que no Sul, abundam os elementos para a formação de uma literatura propriamente brasileira, filha da terra. A razão é óbvia: o Norte ainda não foi invadido como está sendo o Sul de dia em dia pelo estrangeiro. (...)
Temos o dever de levantar ainda com luta e esforço os nobres foros dessa região, exumar seus tipos legendários, fazer conhecidos seus nomes, suas lendas, sua poesias máscula, nova, vívida e louçã...
Os desígnios do romancista não se realizaram, no entanto. No caso de seu relato mais conhecido, O Cabeleira, a intenção de realismo esgota-se na reconstituição do ambiente e na escolha de uma história de cangaço, ocorrida objetivamente no século XVIII. Nem o assunto nem a distância histórica garantiram verossimilhança à narrativa, perturbada pela contradição permanente dos sertanistas românticos: observações realistas dentro de um arcabouço exagerado e melodramático de folhetim.
O CABELEIRA
Resumo
Ao acompanhar a trajetória do bandido, Franklin Távora oscila entre a análise objetiva e o recurso idealizante. José Gomes, o Cabeleira, nos é mostrado como fruto de circunstâncias ambientais e há registros interessantes sobre a vida nordestina, principalmente sobre a seca. Igualmente a pesquisa histórica que realizou acerca do cangaceiro é séria e confere valor documental ao texto. Aliás, todos os seus relatos têm um substrato no passado nordestino e não seria equivocado rotulá-los também de romances históricos.
Fora isso, Távora apresenta uma visão progressista sobre o cangaço, pois acredita que um bom sistema educacional resolveria muitos dos problemas do banditismo do mundo agrário. Revela assim a sua proximidade com aquela ideologia "ilustrada" que Castro Alves e outros românticos da última geração expressavam: a crença de que o progresso e a harmonia social viriam através do livro e da escola. Verdade que isso se dá no relato através de insistentes interrupções do narrador. Esses comentários marginais tornam-se, completamente inúteis à seqüência da ação romanesca.
Contudo, o pior problema do texto - no desenvolvimento da intriga e dos caracteres dos personagens - é o triunfo do mais rasteiro convencionalismo romântico. Levado ao crime "pelas baixas paixões que à sombra da ignorância e da impunidade haviam crescido sem freio", o cruel Cabeleira reencontra uma antiga de infância, a jovem Luisinha. De imediato, apaixona-se por ela e dispõe-se a mais completa regeneração, abandonando as armas e as forças do mal em troca da companhia da heroína. O amor que ambos vivem no sertão - enquanto a polícia persegue o cangaceiro - é de uma ênfase melodramática inverossímil. Mas Luisinha morre por causa de ferimento provocado por um incêndio e o Cabeleira acaba preso sem resistência. É julgado pelos seus crimes e enforcado.
O narrador aproveita-se desse final para manifestar sua indignação com a pena de morte e acusar a sociedade:
A justiça executou o Cabeleira por crimes que tiveram sua principal origem na ignorância e na pobreza.

Mas o responsável de males semelhantes não será primeiro que todos a sociedade que não cumpre o dever de difundir a instrução, fonte da moral, e de organizar o trabalho, fonte de riqueza?

 

 
 
 
 
   
 
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