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"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus.
Tudo foi feito por ele, e sem êle nada foi feito. Nele havia vida e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam."
(João: 1, 1-5)
O que é literatura
O Literatura é uma manifestação artística, O termo Literatura origina-se da palavra latina littera, que significa letra. Logo, Literatura é o termo utilizado para designar uma manifestação artística através das palavras.
Estudaremos neste período a literatura pela sua perspectiva histórica, buscando aprimorar a capacidade de ler, refletir e pensar.
O Texto literário
O texto literário apresenta uma série de elemntos que o afastam do texto cotidiano. São eles:
a) Verossimilhança: a literatura não tem o compromisso de retratar fielmente a realidade, a isso cabe a história, mas trata do que poderia ter acontecido. Assim, a literatura fala de uma realidade que não é imediatamente comprovável, mas que é possível. Esse elemento, que garante a coerência da obra literária e torna possível que o fato mencionado seja realidade, é a verossimilhança.
b) Mímese- é um conceito difundido por Aristóteles como sendo imitação. A partir do fim do século passado, a teoria alistotélica foi relida, e mímeses passou a ser entendida como revelação da essência do real.
A realidade imediata não se diz em plenitude e a língua se restrige á simples represntação de fatos ou situações particulares,observados ou inventados. A literatura se configura quando, ao tratar deses fatos ou situações, dimensiona-lhes elementos universais, na direção da natureza essencia dos mesmos.
c) Universalidade- A linguagem literária é universal, pois leva mais longe a desrealização que a linguagem verbal converge a realidade, eartindo do fingimento particular, atinge espaçoes universais.
Como o fenômeno literário se efetiva na inter-relação autor/ texto/leitor, ela acaba permitindo diferentes interpretações o que a torna cada vez mais universal.
d) Complexidade- A cmplexidade literária advém de seu discurso singular e mulisignificativo. O fazer liter dario ultrapassa os limies da simples reprodução, pois o texto nliterário é ao mesmo tempo, um objeto lingüístico e um objeto estético.
e) Multissignificação- A linguagem literária possui significado variado e múltiplo. Ela cria significantes e funda significados e apresenjta seus modos pr óprios de expressão ainda que se valendo da língua.
A multisignificação é um dos traços fundamentais do texto literário.
f) Predomínio da conotação- A linguagem literária é eminantemente conotativa , pois resulta de uma criação feita de palavras e sobre as palavras.
g) Liberdade na criação: As maifestações literárias podem envolver adesão, transformação ou ruptura em relação à tradição lingüística. Isso quer dizer que não existe uma gramática normativa para o texto literário.
h) Ênfase no significante: O texto literário tem o seu sentido e no significante. Ao situar o significante e significado no âmbito da semiótica, estes ganham dimensões que, embora relacioonadas com a visão da lingüística, adquirem matizes diferentes e contribuem efetivamente para o sentido do texto , principalmente em termos em termos da inforção estética que nele se configura. Os fonemas bilabiais de certos vocábulos parecem contribuir para o sentido dominante no texto.
i) Variabilidade: Como o texto literário se veicula ao universo sócio-cultural e a dimensões ideológicas. Logo acompanham as mudanças culturais.
Figuras de Linguagem
- é um recurso facilitador ou promotor de nossa criatividdade lingüística.
Se dividem em : figuras de palavras ou tropos; figuras de pensamento e figuras de construção ou de sintaxe.
1) Figuras e palavras ou tropos
comparação, metáfora, catacrese, metonímia,perífrase.
Comparação: estabelece relação de qualidade entre dois termos da oração, a fim de destacar a semelhança entre eles.
Ex. : "A sombra das roças é macia e doce, é como uma carícia"
Metáfora: é uma figura que consiste em empregar uma palavra fora do seu sentido normal, demonstrando uma semelhança entre seres.
Ex.: "a propaganda é a alma do negócio"
Catacrese: consiste em utilizar um termo, já existente e com significação própria em outro sentido por falta de palavras que expressem o que se quer dizer.
Ex.: O pé da mesa quebrou.
Metonímia: é uma figura que consiste na substituição de um termo por outro, por haer uma certa relação externa entre eles.
Ex.: "Ela é boa de garfo".
Perífrase: também chamada de antonomásia, é uma figura de linguagem qu consiste em exprimir, por meio de várias palavras, um conceito que poderia ser expresso numa só .
Ex.: O fenômeno casou-se no castelo de chantily.
2) Figuras de pensamento
São: antítese, ironia, eufemismo, hipérbole, reticência, gradação, apóstrofe, prosopopéia e paradoxo.
Antítese- Consiste em realçar uma idéia ou um conceito por meio de palavras de sentido oposto.
Ironia- é uma figura de linguagem que exprimem um conceito contrário do que se pensa ou do que realmente se quer dizer.
Eufemismo- Consiste na substituição de uma palavra ou expressão com sentido desagradável por outra, com a finalidade de amenizar seu significado.
Hipérbole- Ocorre quando se usa uma expressão exagerada, geralmente para dar maior ênfase à frase.
Reticência- ou reticências é assinalada por pontos (...) e consiste em suspender o pensamento de frase sem que ele esteja concluído, a fim de que o leitor ou ouvinte complete a idéia.
Gradação- Consiste em enumerar qualidades de um ser, dando-nos uma idéia de ordem crescente ou decrescente.
Apóstrofe- É a invocação ou interpelação que se faz alguém e, geralmente, apraece como termo desligado da frase.
Prosopopépia ou personificação- Consiste em atribuir características aos seres animados a seres inanimados ou irracionais.
Oxímoro ou paradoxo- É um tipo de antítese que se expressa de forma mais radical
(Fenômeno = jogador de futebol Ronaldinho carioca)
Modos de realização
Podem ter manifestações em prosa e manifestações em verso.
Manifestações em prosa: envolve a modalidade ficção.
Ficção: significa invenção, fingimento, simulação, imaginação. A narrativa de ficção se caracteriza por fazer-se de histórias fictícias ou simuladas, nascidas da imaginação. Dividem-se em conto, romance e novela.
1) O conto- oferece apenas uma amostra da vida, através de um espisódio, um flagrante instantâneo,um momento singular e representativo.
2) O romance- prende-se a uma vasta vivência, faz-se geralmente de uma história longa e apresenta uma estrutura complexa.
3) A novela- se situa de forma intermediária entre o romance e o conto.
Manifestação em verso- envolve as dimensões lírica, épica e dramática. A designição de gênero se restringe a essas três grandes divisões: lírica, épica e drama.
A poesia lírica é a pessoa do próprio poeta.Os verbos e pronomes são em primeira pessoa e hda o predomínio da função emotiova da linguagem.
A poesia épica fala em primeira pessoa, mas como narrador,e em parte faz falar seus personagens em estilo direto (narração mista). Os pronomes estão em terceira pessoa, além de supor a presença de um ouvinte ou uma platléia
Os poemas épicos intitulam-se epopèias (epos= verso + poeô = faço). Modernamente, também se chama de épicos a certos filmes cujo tema são aventuras e guerras que definem a história de um povo.
A poesia dramática- é o texto escrito para ser encenado no teatro. Não há um narrador contando a história. Ele acontece no palco, para ser representada por atores, que assumem papéis das personagens. O texto se desenrola em diálogos, obrigando uma seqüência rigorosa das cenas e de suas relações de causa e conseqüência rigorosa das cenas e de suas relações de causa e conseqüência.
Observação: A distinção entre gêneros narrativos modernos de controvertidos. A tendência é misturar os gêneros revitalizá-los.
Estilos de época
Quinhentismo (1500- 1601)
Marco: Pero Vaz Caminha escreve a Carta.
Principais autores: Pero Vaz Caminha Pero M. Gândavo Gabriel Soares de Sousa José de Anchieta
Seiscentismo ou Barroco (1601 - 1768)
Publicação de Obras, de Claudio Manuel da Costa .
Claudio Manuel da Costa
Tomás Antônio Gonzaga
Silva Alvarenga
Alvarenga Peixoto
Santa Rita Durão
Basílio da Gama Romantismo (1836- 1881)
Marco: Publicação de suspiros podeticos e saudades, de Gonçalves
Gonçalves Dias Álvares de Azevedo
Casimiro de Abreu
Junqueira Freire
Fagundes Varela
Castro Alves
José de Alencar
Manuel Antônio de Almeida
Joaquim Manuel de Macedo
Visconde de Taunay
Bernardo Guimarães
Franklin Távora
Realismo/ Naturalismo/ Parnasianismo (1881-1893)
Marco inicial: Publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis, e de O Mulato, de Aluísio Azevedo.
Principais autores:
Machado de Assis
Aluísio Azevedo
Raul Pompéia
Olavo Bilac
Raimundo Correia
Alberto de Oliveira
Simbolismo (1893-1902)
Marco: Publicação das obras Missal e Broquéis, de Cruz e Sousa
Principais autores
Cruz e Souza
Alphonsus de Guimarães
Pedro Kilkerry
Pré-modernismo (1902-1922)
Publicação de Os Sertões, de Euclides da Cunha
Euclides da Cunha
Graça Aranha
Lima Barreto
Monteiro Lobato
Augusto dos Anjos
Modernismo (1922)
Semana de Arte Moderna
Oswald de Andrade
Mário de Andrade
Manuel Bandeira
Alcântara Machado
Graciliano Ramos
José Lins do Rego
Rachel de Queiroz
Jorge Amado Érico Veríssimo
Carlos Drumond de Andrade
Murilo Mendes
Jorge de Lima
Vinícius de Moraes
Cecília Meireles
Geração de 45 (1944)
Publicação de Perto do coração selvagem, de Clarice Linspector.
Clarice Linspector
Guimarães Rosa
João Cabral de Melo Neto
Concretismo e poesia práxis (1956)
Lançamento da revista Noigandres
Augusto de Campos
Haroldo de Campos
Décio Pignatari
Ferreira Gullar
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