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Antes de nos apronfundarmos no estudo literário de cada escola, buscaremos, rapidamente, compreender o contexto histórico e filosófico em que este movimento ocorreu; para isso, cada estudo, de cada escola será precedido por seus agravantes filosóficos e históricos.
O momento literário a ser estudado no próximo capítulo será o quinentismo, no entanto, antes de entrar nesta unidade, nos voltaremos para o que havia acontecido e o que estava acontecendo na Europa.
Enquanto o Brasil passava pelo período que chamamos quinhentismo a Europa exerimentava o Renascimento. O Renascimento correspondeu ao período intelectual, em que o homem se voltou para a cultura grega e Romana.
Como já sabemos o povo grego era altamente centrado na razão e voltado para a filosofia. Isto ocorreu, em primeira instância, por que os mitos já não satisfaziam as questões humanas. Surgiram então algumas escolas filosóficas. Estas tinham o objetivo, dentre outros, de descobrir o princípio de tudo.
No século VII a.C, floresceu então, a filosofia, que comecou a ser cultivada na Jônia, e posteriormente, foi se expandindo em direcão ao Sul da peninsula Itálica. Os filósofos deste período são chamados Pré-socráticos. Podemos citar os que mais se destacaram: Tales, Anaxímenes e Anaximandro; Pitágoras, Heráclito,Xenofonte, Parmênides, Demócrito e Empedócles.
Tales, buscou saber o princípio de todas as coisas, e através de suas observacões, concluiu que a água era o princípio de todas as coisas, pois percebeu que as coisas mortas ressecam, em contrapartida, as coisas úmidas, ora dão vida, como os alimentos, ora são vivas.
Tales foi o fundador da filosofia cosmológica, pois foi o primeiro a pensar como o mundo surgiu.
Anaximandro descorda de Tales e acredita que o mundo tenha sido criado por um elemento indeterminado ( àpeiron) desse movimento teriam surgido os elemntos visíveis.
A principal contribuicão desse filósofo foi a de imaginar um princípio invisível em um mundo sensível ( que seria o mundo percebido pelos 5 sentidos).
Anaxímenes acreditava qe a transformacão do ar e que o constante movimento deste gerou todas as coisas.
Já Heráclito apreserntou suas idéias através de aforismos (que consiste em frases que expressam de maneira condensada m pensamnto) enigmáticos. o fildosofo acreditava que o universo está em constante transformacão.
Pitágoras, conhecido pelo seu famoso teorema, substituiu as dinvindades pela matemática. Segundo o filósofo, o universo se moveria segundio a uma harmonia precisa , equilibrada e eterna.. Nada no umiverso existiria m proporcões inadequadas. Logo tudo neste era regido pela proporcão geométrica e regidas pelos números racionais.
Portanto Pitágoras acreditava que descobrir o pincípio de tudo consistia em saber as relacões matemáticas que estariam ocultas em todos fenômenos do universo.
Parmênides se opõe a Heráclito, pois afirma que a verdade é imutável. Ele praticamente deu início aos esstudos da lógica e da ontologia, que são respectivamente, o estudo da razão e do ser. Segundo Parmênides, o Ser é imutável, pois se algo muda, deixa de ser o que era, tornando-se um não-ser, e o não-ser não existe.
Empedócles e Demócrito são considerados pluralistas, pois conciliaram as doutrinas dos outros pensadores em uma só.
O segundo, afirmou que o universo é formado por átomos, partículas minúsculas e indivisíveis, que teriam apenas grandezas diferentes. Essas partículas estariam em movimento constante, em diversas velocidades, se chocando, se agrupando ou se dispersando uma das outras. Desta forma formariam os objetos exiastentes.
Empdócles,b por sua vez, afirmava que o universo foi formado pelos elementos: fogo, água, ar e terra. Ee buscou conciliar os sentidos com a razão.
Para pensar
1) Qual seria a relacão entre as indagacões dos pré-socráticos e o desenvolvimento de disciplinas como a física, a biologia, a astronomia, a química e outras ciências?
No século V a.C Atenas vivia o auge do regime democrático, neste, homens livres podiam decidir os interesses comuns a todos, tais decisões ocorriam em locais públicos. Desta forma a retórica e a oratória se tornaram essenciais. Neste contextos surgiram os sofistas que tinham como funcão dar licões particulares a fim de que pudessem discursar.
Um filósofo se opôs ao pensamento sofista, posto que este era amoral, tal filósofo wse chamava Sócrates.
Neste mesmo período estava no auge o gênero literário denominado tragédia, este gênero tematizava acontecimentos terríveis por obra do acaso, confrontando a liberdade individual com o destino, o que refletia a preocupacão dos gregos em saber até quando poderiam determinar o que aconteceria com suas vidas.
Nesta sociedade tudo deveria ser avaliado de acordo com os interesses do homem e de acordo com a forma com que este vê a realidade social. Logo as regras morais estavam subordinadas aos interesses individuais. Esta ética amoral incomodava Sócrates. Este, concluiu que a sabedoria provinha da percepcão de sua ignorância.
Sócrates, desenvolve sua filosofia, através dos diálogos. O diálogo era dividido em das etapas. A primeira era a ironia, na qual o filósofo fingia ignorar assunto tratado e fazia perguntas para que seu inrterlocutor observasse o quão equivocado estava, apontando falhas no raciocíno do falante. A segunda fase era maiêutica - ou parto das idéias, na qual o interlocutor era levado a elaborar suas próprias idéias.
A doutrina socrática chama atencão por twer um notável conteúdo moral. A procura pela verdade ,para o filósofo, residia na convivencia honesta e digna entre os homens.
Sócrates foi condenado à morte, pois sua doutrina foi considerada uma ameaca à pólis.
1) Se todos os cidadãos buscarem apenas os seus interesses individuais, conforme recomendava a sofística, o que aconteceria com a pólis em termos de sua organizacão? O que significaria a vida pública para um homem que estivesse apenas interessado em seu próprio proveito?
2) Só sei que nada sei, a frase atribuída a Sócrates, é aparentemente uma aformacão contraditória. Qual é a importância desse preceito nas ideias defendidas pelo filósofo?
Ode
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe [quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, por que alta vive
(Fernando Pessoa)
3) Como você interpretaria o primeiro verso do poema de Fernando Pessoa segundo a doutrina socrática? E o que significa, para você, "Sê todo em cada coisa"?.
4) "Assim em cada lago a lua toda/ Brilha, porque alta vive." Qual é o significado presente nesses versos de Fernando Pessoa? Existe alguma relacão dessas palavras com o pensamento de Sócrates? Qual é esta relacão, em caso de resposta positiva?.
5) "Para Sócrates conhecer a verdade teria como conseqüencia inevitável agir bem bem; quanto aos maus atos, só seriam cometidos por ignorância, (...) conhecer seria igual a conhcer o bem (...) uma acão danosa a si ou a outros seria decorrência do desconhecimento. "
(Gabriel Chalita)
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