Além do catarinense Luís Delfino, que com Sonetos e rimas evolui do ultra-romantismo para um parnasianismo feito de referências ao mundo da Antigüidade, destaca-se também Francisca Júlia, que com Mármores torna-se o primeiro nome feminino conhecido em nossa literatura. Ela atinge, no dizer de um crítico, a absoluta impassibilidade exigida pelo movimento, sem que isso signifique, é óbvio, equivalente qualidade literária.
Fora a tríade, o nome mais significativo do período é o de Vicente de Carvalho, poeta santista que, em suas obras principais (Ardentias, Poemas e canções), tematiza preferencialmente o oceano dentro de uma técnica parnasiana. Pelo menos um crítico viu nesta obsessão pelo mar um legado cultural do Romantismo. O certo, entretanto, é que, apesar da beleza de algumas descrições, livres dos rigor formal da escola, o poeta manteve quase sempre a objetividade, fugindo de um registro original ou subjetivo da natureza. Algumas de suas "marinhas" são mais espontâneas:
Mar, belo mar selvagem
Das nossas praias solitárias. Tigre
A que as brisas da terra o sono embalam,
A que o vento largo eriça o pêlo!
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